Professora da Unicentro lança livro sobre o primeiro grupo feminino de polícia do Brasil

30/10/2017 10:13
(Reprodução)

  A criação do primeiro grupo feminino de polícia do Brasil. Foi essa a temática que motivou a professora do Departamento de História da Unicentro, Rosemeri Moreira, durante o doutorado. A tese virou livro – “Sobre Mulheres e Polícias: Polícia Feminina no Brasil – A invenção paulista (1955-1964)” -, que no último dia 04 de agosto foi lançado durante o 13º Mundos de Mulheres & Fazendo Gênero, um dos maiores eventos da América Latina sobre o assunto, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC.

A relação da pesquisadora com a temática é anterior, do período de desenvolvimento da dissertação. “Para o mestrado eu fiz a pesquisa sobre a política de entrada das mulheres na Polícia do Paraná, em 1977, e no doutorado, então, é outro recorte temporal, mas, é o mesmo foco”, conta. O livro traz, em quatro capítulos, uma análise sobre a presença de mulheres no efetivo da Polícia Militar de São Paulo a partir do primeiro grupo de policiamento feminino criado em 1955.

Os capítulos iniciais discutem em termos teóricos e culturais como se deu a entrada das mulheres na polícia, além de apresentar o processo de seleção e formação, que acompanhou a primeira turma. Já no terceiro capítulo do livro, Rosemeri retrata o dia a dia dessas policiais depois de formadas, quando elas vão para rua. E, por fim, o último capítulo é sobre a internacionalização das polícias, saindo de São Paulo e colocando esse policiamento feminino dentro de um contexto maior.

“Inicialmente, a ideia era trabalhar desde 1955, quando é criado, até 1985, que é o fim da Ditadura Militar. Mas não tinha como. Pela minha vontade, o livro teria mais um capítulo para falar a partir de 1964 o que muda na configuração das polícias no Brasil, porque é um texto sobre a entrada das mulheres na polícia, mas é um texto também sobre a história do Brasil no período de 1955 e 1964 e sobre a história das polícias”, explica a pesquisadora.
A atuação de mulheres nas corporações policiais foi forjada sob a prerrogativa de que seriam elas as mais indicadas para atender certos tipos de ocorrência. Nas palavras da professora Rosemeri, “o trabalho delas ainda é muito voltado para a ideia desse maternal, não que elas fossem exatamente assim, mas a ideia de que ao entrarem na polícia estariam levando a sensibilidade, o amor e o carinho, que é um discurso político bem interessante e um uso do gênero bem específico”.

Além dos discursos políticos e das questões de gênero, o livro também aborda temáticas ligadas a própria história cultural, como a ideia de mulheres que é construída de forma oposta a ideia de polícia. “São duas coisas, historicamente, consideradas opostas. Para mim, isso é um ponto interessante da própria história cultural, de como foi para a sociedade aceitar, legitimar e pensar as mulheres executando uma tarefa dita como masculina”, avalia a pesquisadora.

Mesmo realizando o lançamento do livro na UFSC, a professora Rosemeri pretende lançar o material também na Unicentro, e em breve, quem desejar poderá adquirir seu exemplar pelo site da Editora Unicentro.

Fonte: https://www3.unicentro.br/noticias/2017/08/07/professora-da-unicentro-lanca-livro-sobre-o-primeiro-grupo-feminino-de-policia-do-brasil/

Lista de leitura do LEGH atualizada

30/10/2017 10:00

A nova de leitura que está sendo seguida neste segundo semestre de 2017 foi atualizada. Segue abaixo a nova programação!

8. 27.out: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 212-256.
(Responsável: Jeferson)

9. 10.nov:MITCHELL, Juliet. Mulheres: a revolução mais longa. Revista Gênero, Niterói, v. 6, n. 2 – v. 7, n.1, p. 201-232, 1. – 2. sem. 2006.
http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/352/264
(Responsável: Glenda)

10.17.nov: DELPHY, Christine. O inimigo principal: a economia política do patriarcado. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 17, p. 99-119, Ago. 2015.
http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n17/0103-3352-rbcpol-17-00099.pdf
(Responsável: Júlia)

11.24.nov: OAKLEY, Ann. Sexo e gênero. Feminismos, Salvador, v. 4, n. 1, p. 64-71, Jan. – Abr. 2016.
http://www.feminismos.neim.ufba.br/index.php/revista/article/view/393/200
(Responsável: Renata)

12.01.dez: RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: S.O.S. Corpo, 1993.
http://www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br/pdf/OTraficoDeMulheres.pdf
(Responsável: Rebecca)

13.08.dez: RUBIN, Gayle. Pensando sexo: notas para uma teoria radical das políticas da sexualidade. Tradução feita por Felipe Bruno Fernandes não publicada do original Thinking Sex: Notes for a Radical Theory of the Politics of Sexuality, in Carole Vance, ed., Pleasure and Danger, Routledge & Kegan, Paul, 1984. Also reprinted in many other collections, including Abelove, H.; Barale, M. A.; Halperin, D. M., The Lesbian and Gay Studies Reader, New York: Routledge, 1994.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/1582
(Responsável: Joana Pedro)

14. 15.dez: COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n.1, p. 99-127, Jan. – Abr. 2016.
http://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00099.pdf
(Responsável: Gabriel)

Cristina Scheibe Wolff fala sobre Resistência de Mulheres durante período ditadura brasileira

19/09/2017 14:34

A professora Cristina Scheibe Wolff, historiadora de estudos feministas da Universidade Federal de Santa Catarina, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Gênero e História e Fulbright Chair in Brazilian Studies, é convidada para recepção do ano acadêmico 2017-2018 com a fala: “Women’s Resistance to Military Dictatorship and the New Conservative Coup in Brazil”, que acontecerá no Centro para estudos latinos, caribenhos e latino americanos.

Leituras LEGH 2017-2: Debates “fundadores” da teoria feminista I

19/09/2017 14:10

Temos o prazer de divulgar a lista de leituras do Laboratória de Estudos de Gênero e História, que acontece toda sexta-feira, às 14h:

18.ago: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 9- 26.   (Responsável: Binah)

25.ago: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 26-47. (Responsável: Alina)

01.set: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 47-74. (Responsável: Elaine)

15.set: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 74-100. (Responsável: Sergio)

22.set: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 100-143. (Responsável: Linaia)

29.set: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 145-173. (Responsável: Adaiza)

06.out: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 173-212. (Responsável: Luísa)

20.out: MILLETT, Kate. Política sexual. Lisboa: Dom Quixote, 1974, p. 212-256. (Responsável: Laura)

27.out: MITCHELL, Juliet. Mulheres: a revolução mais longa. Revista Gênero, Niterói, v. 6, n. 2 – v. 7, n.1, p. 201-232, 1. – 2. sem. 2006.
http://www.revistagenero.uff.br/index.php/revistagenero/article/view/352/264 (Responsável: Glenda)

 10.nov: DELPHY, Christine. O inimigo principal: a economia política do patriarcado.Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 17, p. 99-119, Ago. 2015. http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n17/0103-3352-rbcpol-17-00099.pdf  (Responsável: Júlia)

 17.nov: OAKLEY, Ann. Sexo e gênero. Feminismos, Salvador, v. 4, n. 1, p. 64-71, Jan. – Abr. 2016. http://www.feminismos.neim.ufba.br/index.php/revista/article/view/393/200 (Responsável: Renata)

 24.nov: RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: S.O.S. Corpo, 1993. http://www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br/pdf/OTraficoDeMulheres.pdf (Responsável: Rebecca)

 01.dez: RUBIN, Gayle. Pensando sexo: notas para uma teoria radical das políticas da sexualidade. Tradução feita por Felipe Bruno Fernandes não publicada do original Thinking Sex: Notes for a Radical Theory of the Politics of Sexuality, in Carole Vance, ed.,Pleasure and Danger,Routledge & Kegan, Paul, 1984. Also reprinted in many other collections, including Abelove, H.; Barale, M. A.; Halperin, D. M., The Lesbian and Gay Studies Reader, New York: Routledge, 1994. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/1582 (Responsável: Joana Pedro)

 08.dez: COLLINS, Patricia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n.1, p. 99-127, Jan. – Abr. 2016.  http://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00099.pdf (Responsável: Sara)

15.dez: FALQUET, Jules. The Traffic in Women 2.0: de la economía política de la (hetero)sexualidad a la combinatoria straight. Publicado em francês em: Bidet, Annie, Galerand, Elsa, Kergoat, Danièle (coords.), 2016, Cahiers du Genre, n° especial “Actualidad del feminismo materialista”.
https://julesfalquet.files.wordpress.com/2010/05/trad-esp-traffic-in-women-ii-77777779.pdf
(Responsável: Soraia)

Tags: feminismoskate millettLEGHleiturapolíticasexualsexualidade

Projeto Mulheres de Luta realiza reunião com pesquisadoras de todo o país

12/09/2017 19:39

Membras do projeto Mulheres de Luta.

Durante o 13º Congresso Internacional Mundos de Mulheres e 11º Fazendo Gênero, sediado pela Universidade Federal de Santa Catarina de 31 de julho à 4 de agosto de 2017, a equipe de pesquisadoras que participa do Projeto Mulheres de Luta teve a oportunidade de se reunir para discutir o planejamento para o segundo semestre.

Laboratório de Estudos de Gênero e História retoma grupo de estudos

12/09/2017 19:30

Docentes e discentes do Laboratório de Estudos de Gênero e História, de 2017.

No dia 18 de agosto, sexta-feira, o grupo de estudos do Laboratório de Estudos de Gênero e História retomou às atividades. Além da discussão do livro Política Sexual, de Kate Millett (1974), as pesquisadoras se despediram da coordenadora do Laboratório, Cristina Scheibe Wolff, que deu início a mais um pós-doutorado nos Estados Unidos da América e deu boas vindas às novas integrantes.

 

Cineclube do LEGH apresenta: Olmo e a Gaivota

23/08/2017 00:28
É com muito prazer que o Cineclube do LEGH apresenta: Olmo e a Gaivota, uma produção sensível de Petra Costa e Lea Glob que trata de questões difíceis da gravidez que muitas vezes são silenciadas.
Após o filme, terá uma roda de conversa com a Profª Joana Maria Pedro e também serão emitidos certificados de participação!
LOCAL: Sala Silvio Coelho dos Santos, nº 110, Departamento de Antropologia – CFH- UFSC
DATA: 29/08/2017 (terça-feira)
HORÁRIO: 18h30

Curso de Extensão “Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985) I”

17/03/2017 12:54

O Laboratório de Estudos de Gênero e História convida a todos e a todas a participarem das reuniões do curso de extensão “Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil  (1964-1985) I”. As reuniões serão nas QUARTAS-FEIRAS, às 14 h, na sala do LEGH, que fica no 2º andar do CFH. Ao final do semestre, serão emitidos certificados de participação do curso.

Cronograma de Leituras

1. 15/03/2017WOLFF, Cristina Scheibe; CRESCÊNCIO, Cintia Lima; PEDRO, Joana Maria. Ondas, mitos e contradições: feminismos em tempos de ditaduras no Cone Sul. In: ROCHA, Marcos Antonio Monte. Feminismos plurais. Fortaleza: Expressão Gráfia e Editora, 2016, p. 53-70.

2. 22/03/2017BEAUVOIR, Simone de. Capítulo 1: os dados da biologia. In:________. O Segundo Sexo. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970, p. 25-57.

3. 29/03/2017 – BEAUVOIR, Simone de. Capítulo 2: o ponto de vista psicanalítico e Capítulo 3: o ponto de vista do materialismo histórico. In: ________. O Segundo Sexo. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970, p. 58-80.

4. 05/04/2017 – FRIEDAN, Betty. O problema sem nome. In: ________. Mística Feminina. Petrópolis: Ed. Vozes, 1971, p. 17-31.

5. 12/04/2017 – COSTA, Albertina. É viável o feminismo nos trópicos? Resíduos de insatisfação — São Paulo, 1970. Cadernos de Pesquisa, n.66, ago. 1988.Disponível em http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1206/1212

6. 19/04/2017 – GOLDBERG, Anette. Tudo começou antes de 1975: Idéias inspiradas pelo estudo da gestação de um feminismo ‘bom para o Brasil’. In: Relações Sociais de Gênero X Relações de Sexo. São Paulo: Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero – USP, 1989.

7. 26/04/2017 – TELES, Maria Amélia Almeida. Caminhos Transversais dos feminismos e dos movimentos sociais. In: RIAL, Carmen; PEDRO, Joana Maria; FÁVERO, Sílvia Maria. Diversidades: dimensões de gênero e sexualidade. Florianópolis: Editora Mulheres, 2011.

8. 03/05/2017 – SAPRIZA, Graciela. Sobre el “difícil matrimonio”. Una indagatoria sobre feminismos e izquierdas en épocas crueles. Anais Eletrônicos do Fazendo Gênero 7. ST 40. Florianópolis: UFSC, 2006. Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/7/artigos/G/Graciela_Sapriza_40.pdf

9. 10/05/2017 – CARDOSO, Elizabeth. Imprensa feminista brasileira pós-1974. Rev. Estud. Fem.,  Florianópolis ,  v. 12, n. spe, p. 37-55,  Dec.  2004 .

10. 17/05/2017 – TELES, Amelinha; LEITE, Rosalina Santa Cruz. Da guerrilha à imprensa feminista: a construção do feminismo pós luta armada no Brasil (1975 –1980). São Paulo: Editora Intermeios, 2013. ( A confirmar, possível troca por um texto de Denise Rollemberg

11. 24/05/2017 – SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 12, n. 2, p. 35, jan. 2004.

12. 31/05/2017 – HEMMINGS, Clare. Contando estórias feministas. Revista Estudos Feministas, vol. 17. n. 1, 2009.

13. 07/06/2017 – ALBERTI, Verena. Histórias dentro da História. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto. 2005. P. 155-202.

 

14. 14/06/2017 – PEDRO, Joana Maria. Narrativas fundadoras do feminismo: poderes e conflitos (1970-1978). Revista Brasileira de História, v. 26, p. 249-272, 2006.

Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbh/v26n52/a11v2652.pdf

 

15. 21/06/2017 – ABREU, Maira. Nosotras: feminismo latino-americano em Paris. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 21, n. 2, p. 553-572, nov. 2013.

 

16. 28/06/2017 – WOLFF, Cristina Scheibe. Eu só queria embalar meu filho. Gênero e maternidade no discurso dos movimentos de resitência às ditaduras no Cone Sul,

América do Sul. Revista Aedos. Vol 5, n. 13, 2013, p. 117-131.